Quais os riscos de um tratamento de fertilização assistida?

Quais os riscos de um tratamento de fertilização assistida?

A ciência e as técnicas de reprodução humana estão cada vez mais modernas e seguras, mas ainda podem gerar raras reações e desconfortos especialmente relacionados aos medicamentos.
Existem dois grupos de procedimentos, que são classificados como de baixa complexidade e os de alta complexidade.
Como o próprio nome sugere, os métodos de fertilização assistida de baixa complexidade são técnicas simples, como o coito programado e a inseminação intrauterina, de forma minimamente invasivas. Já os de alta complexidade se referem à tecnologia utilizada para a fertilização em laboratório, tratando-se também de uma técnica pouco invasiva.
Complicações graves causadas por medicamentos e procedimentos da FIV são raras, mas como todo tratamento clínico, podem ocorrer leves alterações e mudanças de humor e fadiga.
“Uma fertilização assistida requer o uso de medicamentos hormonais e que podem causar alterações no humor, assim como ocorre no período pré-menstrual natural de inúmeras mulheres”, conta o diretor clínico do centro de reprodução humana, Fertivitro, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque.
Outros sintomas leves, porém, não tão comuns, podem ocorrer durante o processo de tratamento de fertilização, tais como hematomas leves e dor no local da injeção, eventuais náuseas e, ocasionalmente, vômitos, reações alérgicas temporárias, tais como vermelhidão e/ou coceira no local da injeção.
“Por conta da estimulação ovariana, algumas mulheres podem sentir uma sensibilidade nas mamas e o aumento da secreção vaginal natural, que indica que a mulher está no período próximo à ovulação”, ressalta Dr. Albuquerque.
Nos casos mais raros pode ocorrer a Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO), ou seja, uma resposta exagerada do ovário à estimulação ovariana que se caracteriza pela formação de múltiplos cistos ovarianos, ocasionando uma distensão abdominal, um aumento da permeabilidade capilar e até mesmo sintomas como acúmulo de líquido na pelve, aumento expressivo dos ovários, desconforto abdominal, náuseas e vômitos.
Na fase de coleta dos óvulos existem os riscos do procedimento médico, como a anestesia e riscos de pequeno sangramento, infeção e riscos extremamente raros de perfuração de órgão como a bexiga e intestino.
Após a transferência de embriões, no caso de sucesso existe o risco de uma gravidez múltipla e a gravidez ectópicas, ou seja, o óvulo fertilizado desenvolve-se fora do útero, normalmente nas trompas.

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